segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A contagem do tempo histórico em outras culturas: o calendário maia.


portal do professor..

Autora: 
Ana Flávia Ribeiro Santana

Co-autora: Aléxia Pádua Ribeiro Santana

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula
- Conhecer as características e o contexto de criação e extinção do calendário maia.
- Compreender os eventos políticos, religiosos que nortearam a construção  do calendário maia.
- Analisar a apropriação do calendário maia por produções cinematográficas.
Duração das atividades
03 aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Antes de entrar nas particularidades existentes no controle do tempo por meio do calendário maia é imprescindível que os alunos tenham um conhecimento do significado dos calendários para os homens e suas organizações sociais.
Estratégias e recursos da aula
Atividade 1. A civilização maia.
Professor: entregue para cada aluno uma cópia do mapa abaixo, que localiza os povos incas, astecas e maias no tempo e no espaço, e peça para colarem o mapa no caderno.
Pergunte aos alunos o que conseguem visualizar (em diálogo com as aulas de Geografia) e se sabem do que se trata:
- Qual continente o mapa representa? América? Ásia? Europa?
Mostre aos alunos que o mapa representa o continente americano sendo possível observar a América do Norte, a América Central e a América do Sul (onde está o Brasil).
Pergunte o que eles sabem sobre os povos que viveram nas Américas antes da chegada dos europeus. Em seguida, apresente a proposta da aula: conhecer o calendário dos maias. Para tanto, peça aos alunos que circulem no mapa onde os maias viveram e explique que essa região corresponde atualmente ao Sul do México e parte da Guatemala, Honduras e El Salvador.
Explique que os maias viveram há milhares de anos atrás, sendo considerada a mais antiga civilização antes da chegada dos europeus, em um período que compreende, aproximadamente, desde o ano 4000 a.C até 1400 d. C.
Em seguida, explique que a cultura maia – um conjunto de crenças, tradições, conhecimentos, costumes de um povo – foi construída a partir da cultura de outros povos que viveram antes ou ao mesmo tempo em que eles de forma que algumas características da cultura maia, como as grandes cidades, os templos majestosos, as técnicas de irrigar solos, os calendários, a escrita, podem ter sido influenciados por outros povos.
Peça para os alunos copiarem no caderno as principais características da civilização maia:
Economia: baseava-se no cultivo da terra semeando principalmente o milho. A terra pertencia ao Estado, mas a comunidade que fosse plantar tinha a sua posse útil.
Política: cada centro urbano possuía sua autonomia, isto é, a sua própria forma de governo, sem subordinação a um governo maior, e comandava as comunidades camponesas ao redor.  
Religião: crença em vários deuses, normalmente relacionados com elementos da natureza, como o Sol, a chuva, a fertilidade. Por acreditarem que o destino dos homens era controlado pelos deuses, prestavam cultos, cerimônias e construíam templos.
Social: as posições sociais eram determinadas pelo nascimento e havia uma hierarquia social dividida em três classes: 1. Governantes, altos funcionários do Estado e comerciantes; 2. Funcionários públicos e trabalhadores especializados; 3. Camponeses e trabalhadores braçais.
Professor: entregue para cada aluno uma cópia da pirâmide abaixo, peça para colarem no caderno e preencherem de acordo com a hierarquia social dos maias.
Fonte: da autora.
Aprimorando a aprendizagem:
Professor: o momento de realização de exercícios em sala de aula proporciona o aperfeiçoamento da aprendizagem, além do diálogo que os alunos podem estabelecer com o professor e com os colegas. Portanto, apresente a atividade:
1 - Pinte somente os retângulos com informações verdadeiras:
Fonte: da autora.
Atividade 2: O calendário maia.
Professor: Diga aos alunos que é curioso observar que os maias, baseando-se na observação do Sol, da Lua e das estrelas, criaram diferentes tipos de calendários que informavam sobre datas importantes para a agricultura (tempo de plantio e de colheita), para a religião (datas comemorativas) e para a política (organização e cobrança de impostos).
Professor: para os alunos visualizarem melhor as diferenças entre um calendário lunar e um calendário solar, relembre-os sobre as fases da lua e os movimentos de rotação e translação da Terra. Para tanto, apresente os dois vídeos (disponíveis em conta no youtube) explicativos desses movimentos:
Em atividade com a disciplina Ciências, e a partir do que viram nos vídeos, diga aos alunos que, como já perceberam, a criação de calendários foi baseada em fenômenos observados pelos homens, como as fases da lua, os movimentos de rotação e translação da Terra. Faça-os lembrar de que todos os dias podem perceber o nascer e o pôr do sol, as várias formas da lua no céu, a trajetória (mudança de posição) que o sol faz todos os dias. Assim, é possível concluir com os alunos que há calendários que se basearam nos ciclos do sol (através dos movimentos de rotação e translação da Terra) e aqueles que se basearam nas fases da lua.
Pergunte:
- mas como os maias sabiam tanto sobre esses movimentos?
Distribua para cada aluno uma parte retirada do texto “Como os maias sabiam tanto sobre astronomia?”, para os alunos perceberem a precisão das observações maias e, ao mesmo tempo, compará-las com o que é considerado correto hoje. Peça para algum aluno realizar a leitura do texto em voz alta e o restante da turma acompanhar. Em interdisciplinaridade com a disciplina Ciências, faça as considerações.
"Cruzando a matemática com a observação, os maias conseguiram conhecer, com uma precisão espantosa, a duração dos ciclos lunar, solar e do planeta Vênus. Eles calcularam que Vênus passa pela Terra a cada 583,935 dias – algo espantosamente próximo do número considerado correto hoje, que fica entre 583,920 e 583,940. Também definiram que o ciclo lunar dura 29,53086 dias (atualmente os astrônomos falam em 29,54059).  Os maias registraram que o Sol completa seu ciclo em 365,2420 dias, enquanto que na atualidade esse número está definido em 365,2422. Com base nesses conhecimentos, eles criaram um conjunto de calendários complexos e interligados que, juntos, formavam um dos sistemas de contagem do tempo mais precisos de sua época."
Extraído de: CORDEIRO, Tiago. Como os maias sabiam tanto sobre astronomia?
Professor: Destaque que, como aponta o texto, os maias criaram três tipos de calendários que, juntos, formavam uma contagem do tempo bastante precisa para a época. Agora, apresente aos alunos os três calendários e suas características:
  1. Tzolkin: calendário lunar. Possuía 260 dias divididos em 13 meses de 20 dias. Era utilizado para a marcação das principais festividades religiosas.
  2. Haab: calendário solar. Possuía 365 dias divididos em 18 meses de 20 dias e mais 5 dias extras. Era utilizado para o controle das atividades agrícolas e previsão dos fenômenos metereológicos.
Atenção professor: conte para os alunos que a junção desses dois calendários, o lunar e o solar, auxiliava em outra contagem de tempo que era marcada a cada 52 anos. Assim, havia uma crença num mundo cíclico, pois tudo se repetia eternamente. A cada 52 anos, quando os dois calendários se juntavam e voltavam ao ponto inicial, os maias acreditavam ter encerrado um ciclo e a partir da nova contagem do tempo tudo se repetiria.
         3. De longa duração: ciclo de 360 dias. Era utilizado para a contagem dos anos.
Professor: agora peça aos alunos que, de acordo com o que aprenderam até agora sobre os calendários maias, apontem as diferenças com o nosso calendário. Pergunte:
- De que maneira é contabilizado o tempo no calendário maia? De maneira linear? (Diga aos alunos para pensarem em uma linha reta). De forma cíclica? (Pense em uma praça, ou um círculo). E em nossa sociedade?
- Em nossa sociedade também temos mais de um tipo de calendário? Ou um único calendário orienta as atividades civis, religiosas e organizam os acontecimentos históricos?
Aprimorando a aprendizagem:
Professor: entregue uma cópia de cada calendário maia para cada aluno e oriente-os a colarem no caderno. Em seguida, peça para identificarem cada um – de acordo com as distinções acima (dos três tipos de calendários maias) – e escrever no caderno como fizeram para chegar a tal identificação.

Atividade 3. As previsões maias e o mundo contemporâneo.
Professor: Pergunte aos alunos se eles assistiram ao filme 2012 do diretor Roland Emmerich. Em seguida, apresente o trailler do filme: http://www.youtube.com/watch?v=l5eyug663sk&feature=fvst  
Posteriormente, explique o enredo do filme: Em 2012, quando muitos desastres naturais começam a destruir a Terra, um pesquisador lidera um grupo de pessoas que estão numa luta para evitar vários eventos apocalípticos que foram previstos num antigo calendário maia e que pode levar ao fim da civilização.
Atenção professor: para evitar um possível medo dos alunos em relação ao fim do mundo em 2012, informe-os sobre outras previsões que não se concretizaram como o milenarismo, um movimento que surgiu no século XII, encabeçado pelo monge Joaquim de Fiore, que a partir de uma interpretação do Apocalipse e de algumas passagens do Velho e do Novo Testamento, acreditava que por um período de mil anos haveria paz e prosperidade na Terra, sob o reinado de Jesus Cristo, que retornaria dos céus. Contudo, esse período de mil anos seria precedido por tragédias, fome, doenças e guerras.
Aprimorando a aprendizagem:
Professor: Peça aos alunos que façam uma pesquisa com seus familiares (pais, irmãos, tios, primos, avós) perguntando se acreditam ou não nas “previsões maias” e, a partir das respostas, montem gráficos com os resultados obtidos, em interdisciplinaridade com a matemática.
Exemplo:
Fonte: da autora.
Recursos Complementares
Como recurso complementar para as discussões, incorpore o vídeo “2012: O mundo acabará neste ano?” em que é discutido as influencias da cultura


























1. http://www.youtuom/watch?v=2cpILpfW-vk&feature=related  


































maia em crenças que apontam o fim do mundo para o ano de 2012. O vídeo, apresentado por Rodrigo Silva (doutor em Teologia e especialista em Arqueologia), está disponível em conta do youtube em três partes (totalizando aproximadamente 25 minutos).


Avaliação:


A avaliação da aprendizagem ocorrerá durante todo o processo de ensino,abrangendo as discussões e as participações nas atividades propostas. Em cada etapa verifique se os alunos conseguem visualizar e compreender o q
que foi proposto nos objetivos da aula.


Referencial

























































Análise de linha do tempo

Retirado da Revista Nova Escola.

Objetivo
- Desenvolver noções de duração e simultaneidade e comparar linhas do tempo.

Material necessário
Linhas do tempo:
Opção 1 (item "Linha do Tempo Brasil")
Opção 2

Flexibilização
As informações da linha do tempo devem ser disponibilizadas em braile para o aluno com deficiência visual. Explique antecipadamente o que é uma linha do tempo e para que serve. A turma pode construir uma grande sequência, desde que os registros sejam táteis. Uma sugestão é utilizar fios de lã, por exemplo. Isso ajuda a criança a compreender a noção de cronologia. Os registros devem ser feitos em braile e com letras grandes, para crianças com baixa visão.

Desenvolvimento
Providencie cópias das linhas para as crianças. Peça que, reunidas em duplas, observem como cada uma apresenta os dados (os nomes dos períodos da história do Brasil, o ano inicial e final de cada um deles e os símbolos que os representam). Socialize as informações encontradas e questione por que as linhas são diferentes. É esperado que todos notem que cada uma apresenta um período histórico e um recorte histórico próprios.

Avaliação
Observe se os alunos percebem as várias possibilidades de periodizar a história do Brasil e se notam que, mesmo representados de maneiras diferentes, alguns tópicos falam dos mesmos eventos.
Consultoria: Jaime Baratz
Mestre em Educação e docente da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).

domingo, 4 de setembro de 2011

Plano de aula de Ciências para Libras

Este plano foi elaborado com meus colegas de pedagogia no 7º período, para aplicar com alunos com deficiência visual.

 Tema: As partes das plantas
Turma: 2º ano


Motivação/Introdução

Fazer com que o aluno reflita aprendendo a importância das planas para a vida humana.

Objetivo Geral

  • Fazer com que o aluno tenha propriedade para identificar as partes das plantas através da língua portuguesa e da língua brasileira de sinais.

Objetivos Específicos

  • Identificar os conhecimentos prévios dos educandos em relação às partes das plantas.
  • Analisar junto ao aluno cada parte da planta, mostrando sua utilidade na natureza.
  • Verificar o desenvolvimento da planta junto a natureza.

Conteúdos

·      O desenvolvimento das plantas
·     As partes das plantas
·     A importância das plantas


Metodologia

1º momento

Será feito um resgate dos conhecimentos prévios dos educandos em relação às partes das plantas. Em seguida, será apresentado um cartaz contendo as partes básicas das plantas, onde será exposto e explicado de forma bilíngüe cada componente essencial da planta.

2º momento

Após a explicação do cartaz, será utilizado jogos educativos com intuito de fixar melhor os conteúdos por parte dos alunos, facilitando assim seu aprendizado. O jogo que será utilizado é o da memória e o do dado, onde o jogo da memória será dividido em grupos de 2 cores, sendo elas marrom e rosa, onde nas partes marrons terão figuras das partes das plantas (raiz, caule, folhas, flor e fruto). Nas partes rosas, terão os nomes escritos em libras e português para que o aluno faça a associação entre as duas línguas trabalhadas. O jogo do dado vai ser trabalhado decorrente de uma das partes das plantas que cair. A criança irá tentar identificar a 1ª letra da palavra e tentar associar a letra ao sinal de libras.

Recursos

·     Cartaz com partes das plantas
·     Plantas
·     Jogos da memória e do dado.


Avaliação

Far-se-á de modo processual e contínuo observando os seguintes critérios:

·     Participação dos alunos
·     Desenvoltura na habilidade com os jogos
·     Na socialização do grupo
·     Na associação das figuras dos jogos da memória e do dado
·     Na apropriação dos conteúdos.